Viajar com cidadania italiana: segurança e direitos na Europa
Renata Bueno • 30 de janeiro de 2025

Se você possui cidadania italiana, viajar pela Europa se torna uma experiência mais segura, prática e cheia de vantagens.


Como membro da União Europeia (UE), o cidadão italiano desfruta de direitos exclusivos que garantem liberdade de circulação, assistência consular, acesso a serviços públicos e muito mais.


Neste artigo, vamos explorar os principais benefícios e como aproveitar ao máximo sua cidadania italiana ao viajar pelo continente europeu.


Livre circulação no Espaço Schengen

Uma das maiores vantagens de possuir um passaporte italiano é o direito de livre circulação dentro dos países do Espaço Schengen que inclue: França, Alemanha, Espanha, Portugal, Áustria, Bélgica, Holanda, Suécia, entre outros. Isso significa que você pode entrar, sair e se deslocar entre 27 países sem necessidade de visto ou longos processos de imigração. Diferente dos turistas que precisam passar por controles rigorosos, os cidadãos italianos utilizam filas preferenciais nos aeroportos, reduzindo tempo e burocracia. 


Além disso, cidadãos italianos podem permanecer nesses países por tempo indeterminado, ao contrário dos turistas estrangeiros, que normalmente só podem ficar até 90 dias dentro de um período de 180 dias.


Segurança e proteção consular

Ao viajar para países que não possuem representação diplomática italiana, os cidadãos podem receber assistência em qualquer embaixada ou consulado de um país da União Europeia.


Isso garante maior proteção em situações de emergência, como: perda ou roubo de documentos, acidentes e necessidade de atendimento médico, crises políticas ou naturais no país visitado e suporte jurídico em situações inesperadas.


Essa rede de apoio consular é um diferencial importante que garante mais tranquilidade ao viajar.


Acesso à saúde pública na União Europeia

Os cidadãos italianos podem usufruir de atendimento médico em países da União Europeia por meio do Cartão Europeu de Seguro de Saúde (Tessera Sanitaria Europea).


Com ele, é possível ter acesso a serviços médicos em hospitais e clínicas públicas nas mesmas condições que os cidadãos locais, muitas vezes sem custos ou com taxas reduzidas.


Se você pretende viajar pela Europa, vale a pena solicitar esse cartão para garantir atendimento médico emergencial sem complicações.


Oportunidades de trabalho e estudo

Diferente de estrangeiros de fora da União Europeia, os cidadãos italianos não precisam de vistos ou autorizações especiais para morar, estudar ou trabalhar na Europa. Isso abre portas para oportunidades acadêmicas e profissionais sem as restrições aplicadas a não-europeus.


Os benefícios incluem: inscrição facilitada em universidades públicas e privadas europeias, acesso a programas de bolsas de estudo exclusivos para cidadãos da UE, direito a emprego sem necessidade de patrocínio de visto ou contratos restritivos, acesso a benefícios sociais e previdenciários conforme as regras do país de residência.


Para quem deseja expandir horizontes e construir uma carreira internacional, a cidadania italiana é um grande diferencial.


Maior facilidade em viagens internacionais

Além de todas as vantagens dentro da União Europeia, o passaporte italiano também oferece facilidades em viagens para outros países fora da Europa.


Cidadãos italianos podem entrar sem visto ou com processos simplificados em mais de 190 países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Japão, Emirados Árabes e Austrália. Isso significa menos burocracia, menos custos com vistos e maior liberdade para explorar o mundo.


Cidadania italiana é sinônimo de liberdade e segurança

Viajar com um passaporte italiano não é apenas uma questão de comodidade – é um direito que garante mais segurança, liberdade e oportunidades em toda a Europa e além.


Se você já tem sua cidadania reconhecida, aproveite ao máximo os benefícios. Caso ainda esteja no processo de obtenção, conte com o Instituto Cidadania Italiana para auxiliar em cada etapa! Fale conosco e viaje com tranquilidade!

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A Itália deu início a uma das maiores reformas administrativas de sua história recente. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que transforma por completo a forma como o Estado italiano se relaciona com seus cidadãos e empresas que vivem fora do país. Entre as mudanças mais significativas estão a criação de um sistema centralizado para reconhecimento da cidadania italiana , a integração total do AIRE e a modernização de serviços consulares até o ano de 2028 . Fim da cidadania italiana nos consulados: nasce o Serviço Central do MAECI Um dos pontos mais comentados da nova lei é o fim da análise da cidadania italiana por descendência (iure sanguinis) nos consulados . A partir de 2028 , todos os pedidos deverão ser enviados diretamente a um novo órgão central , vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MAECI) . Esse serviço será o responsável exclusivo por avaliar e reconhecer a cidadania de quem tem origem italiana no exterior. A mudança elimina as diferenças de tempo e tratamento entre consulados, um problema histórico que fazia com que alguns processos demorassem mais de uma década em determinadas jurisdições. Durante o período de transição, entre 2026 e 2027 , os consulados ainda poderão receber pedidos — mas em volume limitado: apenas o mesmo número de processos concluídos no ano anterior , respeitando um mínimo de 100 por sede. Além disso, a nova legislação define: Prazo de análise de até 36 meses (antes eram 24). Apenas documentos originais serão aceitos. Comunicações por e-mail , mesmo sem assinatura digital. Possibilidade de empresas terceirizadas cuidarem da digitalização e arquivamento, com custos repassados ao requerente. O governo italiano defende que essa centralização garantirá transparência, rastreabilidade e padronização — três pontos frequentemente criticados pelos cidadãos que enfrentam filas e burocracia excessiva nos consulados. AIRE será conectado ao sistema nacional e passará a ter sanções O AIRE (Anagrafe degli Italiani Residenti all’Estero) , que hoje funciona de maneira descentralizada, passará a integrar o banco de dados nacional (ANPR) , o mesmo usado pelas prefeituras italianas. A meta é eliminar divergências entre cadastros, facilitar a atualização de endereços e simplificar a comunicação entre quem mora fora e os órgãos públicos na Itália. Entre as principais mudanças: Multas de 200 a 1.000 euros para quem não fizer o registro no AIRE. Comunicação automática de retorno à Itália , feita diretamente entre o município, o consulado e o Ministério do Interior. Critérios mais claros sobre quem deve constar no AIRE, incluindo exceções para diplomatas, militares e professores enviados ao exterior. A modernização promete reduzir erros, evitar duplicidades e garantir que italianos no exterior tenham acesso a direitos de forma mais ágil. Dupla legalização volta a valer para documentos estrangeiros A nova lei também restaura um procedimento tradicional: a dupla legalização . Documentos emitidos fora da Itália precisarão ser reconhecidos primeiro pela autoridade local e, em seguida, pelo consulado italiano competente . A medida busca reforçar a autenticidade das assinaturas e resolver problemas práticos enfrentados por quem apresenta documentos em diferentes jurisdições. Documentos e passaportes com novas regras de emissão No campo documental, a Itália também avança na digitalização dos processos . A carteira de identidade eletrônica , por exemplo, poderá ser solicitada diretamente em municípios italianos por cidadãos residentes no exterior , sob regulamentação conjunta do MAECI e do Ministério do Interior. O documento, porém, só terá validade internacional se não houver impedimentos legais, nesses casos, trará a observação: “Documento non valido ai fini dell’espatrio”. As regras para emissão de passaportes também serão modernizadas, priorizando sistemas eletrônicos e maior integração de dados. Investimento público e nova estrutura administrativa A criação do novo sistema central exigirá investimento anual superior a 8 milhões de euros até 2028 . O MAECI receberá reforço de 87 novos servidores públicos , entre dirigentes e assistentes, e parte das taxas pagas por pedidos de cidadania será redistribuída aos consulados , garantindo recursos para a contratação de pessoal local e melhoria de atendimento. Caminho político e próximos passos A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados com 144 votos a favor, 87 contrários e 5 abstenções , mesmo com 68 parlamentares ausentes por missão. As disposições para essa revisão seguem agora para o Senado , onde poderá receber ajustes antes da aprovação definitiva. 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